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Alex Garcia, um peregrino no mundo da palavra

 

Na última sexta-feira, dia 27 de agosto, dando ênfase a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, um grupo de alunos de Serviço Social e de Pedagogia foi contemplado com a presença de um ser humano, no mínimo surpreendente, no pólo da Cnec - Unopar.

Alex Garcia, São-luizense de coração e peregrino do mundo da palavra, provocou a reflexão dos alunos a partir do questionamento direto, mostrando que todos nós desejamos ser iguais aos padrões de normalidade da sociedade e quando saímos do modelo, sentimos vergonha. Vergonha em nosso meio é sinônimo de culpa.

A vergonha, segundo suas palavras, é uma farsa, pois nada mais é do que um mecanismo de controle, construído historicamente e perpetuada, em geral, pela família e religião.

Nossas diferenças nos são dadas independentes de nossa vontade. “Nossas diferenças nos envergonham porque nos culpamos”.

Ora, se destruirmos a culpa nos sentiremos mais livres para “ser” o que somos. “Eu sou um eterno sem vergonha”. Seguindo em suas reflexões, Alex nos mostra que todas as mazelas da sociedade têm seu início na desigualdade.

Enquanto um ser humano precisar se submeter ao outro, enquanto houver opressores e oprimidos, enquanto houver a pressuposição de nossas identidades, a relação de poder desigual, haverá a violência, e todas as suas conseqüências.

Os alunos, professores e convidados que acompanharam suas palavras, com certeza foram provocados e voltaram para casa, pensativos.

Alex é considerado surdocego, mas seus olhos e ouvidos ficam em outro lugar, enxergando e ouvindo o que a maioria de nós não tem consciência. Seus olhos e ouvidos são internos.

À semelhança de Sócrates, filósofo da antiguidade, Alex instiga e questiona as nossas certezas com o objetivo de provocar a dúvida, em busca da verdade. “Devemos sempre desconstruir à realidade”.

Alex, a direção e acadêmicos da Unopar agradecem a você!

 

 

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